domingo, 9 de novembro de 2014

Dom Quixote: O Cavaleiro Sem Razão



Dom Quixote é um clássico da literatura escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes. Trata-se de uma narrativa linear, ou seja, não ocorrem repetições nem retomadas.
Alonso Quixada, um fidalgo que vivia na região de Macha, na Espanha, era um apaixonado por histórias de cavalaria. Essa paixão, porém, acaba virando loucura, e ele passa a acreditar que realmente é um cavaleiro andante. Nomeou-se Dom Quixote de la Macha. Passa a vestir uma armadura improvisada, e como todo o cavaleiro, escolhe a camponesa Aldonça Lourenço para ser a dama para a qual dedicará seus futuros feitos. Em sua imaginação, ela era uma bela princesa e chamava-se Dulcineia del Toboso. Faz de seu magro e velho cavalo, o bravo Rocinante. E finalmente, sai em busca de aventuras.
No primeiro dia, Dom Quixote procura alguém para fazer seu ritual da cavalaria. O escolhido para isso foi o dono de uma pequena hospedaria, que aos olhos dele tratava-se de um poderoso cavaleiro, e a hospedaria era seu castelo.
O estalajadeiro alerta Dom Quixote o quão importante é ter um escudeiro que cuide do seu dinheiro e carregue seus remédios durante suas viagens. Saindo da estalagem, ele arruma sua primeira confusão com um grupo de mercadores, então, é levado de volta para sua casa por um conhecido seu. Durante esse tempo, Dom Quixote passa a ter longas conversas com seu vizinho, Sancho Pança. Prometeu-lhe uma ilha, na qual este seria seu governador. Mas para isso, Sancho deveria ser seu escudeiro e companheiro em suas aventuras.
A viagem, então, se sucede. Tomado por seus devaneios e visões, Dom Quixote se envolve em muitas situações, que para ele eram perigosas e gloriosas, mas que na verdade não passavam de mal-entendidos ridículos. Confunde moinhos de vento com gigantes, rebanhos de ovelhas com exércitos inimigos, um barbeiro com um cavaleiro de elmo, prisioneiros com escravos, e até mesmo luta contra barris de vinho. Todos esses enganos sempre acabavam com surras e pauladas, e sua desculpa era sempre culpar um misterioso feiticeiro. O fidalgo, então, passa a ser chamado de Cavaleiro da Triste Figura.
Preocupados com o estado de Dom Quixote, muitos de seus amigos passaram a bolar planos para que ele retorne para casa. A primeira tentativa dá certo, e ele acaba sendo enjaulado, e levado para a aldeia. Porém isso foi temporário. Não adiantava o que fizessem, o fidalgo estava sempre pensando em suas aventuras cavaleiras. O impulso final para que Dom Quixote voltasse à vida de cavaleiro foi quando o bacharel Sansão Carrasco conta para Sancho que existe um livro que narra a história do seu amigo. Decidido em saber mais sobre o tal livro e continuar suas aventuras, Dom Quixote parti mais uma vez. Mas antes, vai visitar sua amada Dulcineia.
Em Toboso, Sancho aponta três camponesas dizendo que uma delas era Dulcineia. Dom Quixote, intrigado por ver uma mulher feia, e não a mais formosa das damas, acredita que sua amada tenha sido enfeitiçada para ficar com tal aparência. Nesse meio tempo, Sansão Carrasco disfarçado de Cavaleiro dos Espelhos propõem um duelo à Dom Quixote. Outra tentativa sem sucesso para que ele voltasse para casa, já que Dom Quixote foi o vencedor.
Depois disso, uma duquesa que já ouvira falar das loucuras de Dom Quixote, oferece hospedagem para, na verdade, se divertir com as maluquices da dupla. Foram recebidos de maneira muito gentil e Sancho foi até mesmo nomeado para governar uma ilha. Porém, não aguentando tantos problemas e situações constrangedoras, Sancho renunciou ao cargo e continuou a viagem com seu companheiro.
Encontram novamente o bacharel vestido de Cavaleiro da Branca Lua, que desafia Dom Quixote. O perdedor teria que voltar ao seu povoado e ficar la por um ano, sem pensar nem tocar na sua espada. Dessa vez o plano deu certo. Dom Quixote perde a luta e volta para casa. Por fim, ele recupera a razão, renunciando à sua loucura e às histórias de cavalaria. Morre como Alonso Quixada, um simples cristão da região da Mancha.




AUTOR: EDUARDA PAIVA

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